10.4.09

à margem

com apego à margem esquerda
do papel, do poema que se escreve
cada vez e sempre mais, digo:
a margem é sólida, como se fosse
pedra, parede que controla
e circunda as palavras que crescem
pra direita, aos poucos
quase fluidas ao final de cada
linha, como se a margem esquerda
olhasse pra cada começo de verso
e dissesse: vai

2 comentários:

Lucas Vallim disse...

É um sacrífício para chegar até o final da margem direita, e quando chega, volta pra esquerda e temos que começar tudo de novo! rsrs

Lucas Vallim disse...

Aproveitando a ocasião, quero solicitar parceria. Seu link já estará lá no meu blog, me avise quando colocar o meu por aqui. Até logo!