sobrevôo calçadas, atravesso ruas
com os pés ligeiros, você reclama
do meu passo comprido, pernas
que desenham círculos, não param
como roda de bicicleta que desvia
das coisas dos dias do vento
que me traz o cabelo no rosto
os pés nos pedais sempre sabem
que depois da curva longa
do muro cinza dos ônibus dos retrovisores
cantarolar notas que entram pelo ouvido
numa esquina, num banco, num
deslizar de pálpebras
uma hora eu encontro
3 comentários:
Nossa, adorei o poema
tem mais samba no encontro que na espera;)
Muito legal!
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