3.8.09

estrangeira I

abrir espaço com os olhos
em terra nova
apalpar os vértices e as curvas
desconhecidas, fazer barulho
por onde passem
os lábios e seus sussurros
secretos
fazer barulho com a pena
com os pés os cílios e as mãos
pelos espaços em branco
colorir os cantos, redesenhá-los
brincando assentar-se nesta terra
até que não restem mais
os mistérios e as quinas
desconhecidas, seus labirintos
e seus riscos

Nenhum comentário: