28.6.08

Sábado

Antes: quando cheguei em casa minha cama tinha virado cemitério de insetos. caíram justamente na parte que o cobertor não alcançava, sujando o canto do lençol de pontinhos pretos-mortos. um pouco acima, o lustre agonizava pendurado pelo fio da lâmpada que impedia a queda. o teto, rebaixado e de gesso, de alguma forma não agüentou o peso (por sinal ínfimo) do lustre-meio-feio. de pé na cama tirei a parte de vidro pra aliviar o peso, já que a falta de ferramenta não me permitia fazer mais. ficou um troço feio pendurado, algo como um esqueleto de lustre.

Depois: sento e escrevo umas linhas sobre o que se passou, estudo um ou dois textos de história ou literatura, ainda não sei. tomo um café, provavelmente queimo a língua.

Daqui a pouco: me acostumo.

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